Há algum tempo caminho e convivo com algumas pessoas especiais. São colegas de trabalho, parceiros de perguntas incômodas e respostas incompletas, gente com fome de bola, e em alguns casos, amigos mesmo. Nossa trajetória de artista e de vida está unida, ninguém sabe por quanto tempo, mas nesse tempo - de andar junto - resolvemos celebrar.

A ideia central dessa celebração/espetáculo é falar da vida. Escolher de dentro do emaranhado da vida uma experiência, algo importante, alguma coisa que seja definidora de quem se é hoje, algo que possamos chamar de "fato fundamental".

Mas não é história com começo, meio e fim. Às vezes é só uma janelinha para você ver o que tem lá dentro. Às vezes a janela é grande, quase uma porta que convida você a entrar e participar. E às vezes é só a intuição de que alguma coisa está acontecendo e o que fica é a pergunta: O que é isso? O que pode ser isso?

É sobretudo um desejo de encontrar nessas experiências tão particulares algo que seja universal. Algo que converse com os outros, que possa de alguma forma extrapolar o âmbito do privado e tornar-se... bem... seu. Um catalisador para sensações, reflexões, impressões...

Compartilhar é essencialmente uma experiência humana e nos dá aquela sensação boa de comunidade, tão difícil ultimamente. Porque no fundo é isso que nos dá a sensação de não estarmos sozinhos pela vida.

É mais ou menos isso... e agora, nossas histórias também são suas.